sábado, 23 de março de 2013

Egito Antigo

Imagem: Pinturas egípcias - epicamentefalando2

O Egito foi um Estado que se destacou na História Antiga estando localizado até hoje no nordeste da África, na região que é chamada também de Crescente Fértil, devido ao rio Nilo, rio este que trouxe grandes riquezas ao povo egípcio, pois com o sistema de cheias e vazão foram organizadas avançadas atividades agrícolas, o que garantiu o sustento do grande número de pessoas.

Imagem: Sarcófago - blog-universofantastico
É interessante ressaltar aqui que o Egito estava localizado numa região de oásis com o rio Nilo, pois havia ali o imenso deserto do Saara, com seu clima extremamente seco e árido. Inicialmente os grupos que começaram a formação dessa grande civilização foi atravéz de latifundiários chamados de nomos, eram grupos nômades que ao chegarem ao rio Nilo e percebendo a possibilidade de se aproveitarem dele para sua sobrevivência, se instalaram, primeiramente com clãs (grupos familiares) que formariam esses nomos. Esses nomos eram liderados pelo nomarcas, daí a idéia dos latifúndios. Esses nomos precisaram ser formados para que construções maiores pudessem ser feitas, como canais de irrigação e outras técnicas que beneficiariam o grupo ao utilizar-se das águas do Nilo.
Os egípcios eram um povo que tinha uma grande ligação religiosa, e esta muito ligada a natureza. Acreditava-se num deus chamado Osíris, o deus sol, casado com Ísis e pais de Horus e irmão de Seth. Vale lembrar que além de esposa Ísis também era irmão de Osíris. Seth, representava a escuridão e foi quem matou Osíris. Ísis não aceitando sua morte pediu que seu filho Horus vingasse seu pai matando Seth, que o fez, e ao fazê-lo Osíris ressuscitou. Assim os egípcios acreditam que Osíris é o sol, o dia, Seth a escuridão,  Ísis a que dá a vida e Horus o renascimento, ou o amanhecer. Portanto Osíris é o principal deus dos egípcios.
Voltando aos povos do Egito, estes estavam divididos em dois reinos, o do Alto Egito (representado pela coroa branca), localizado ao sul na nascente do Nilo, e o Baixo Egito (representado pela coroa vermelha), localizado ao norte na fóz do Nilo. Foi por volta de 3200 a.C. no período pré-dinástico, que uma força dominante conseguiu reunir os dois reinos, criando-se assim um reino unificado (unindo também as duas coroas, formando uma só vermelha e branca).
Imagem: Crescente Fértil - InfoEscola
Os egípcios também possuíam uma divisão de classes sociais, como se fosse uma pirâmide, onde no topo dela estava o faraó que deveria administrar o reino e inclusive as estações do ano, logo abaixo dele vinham os sacerdotes responsáveis por fazer oferendas aos deuses, em seguida os escribas que poderíam escrever os hieróglifos, sistema desenvolvido pelos egípcios para registro de informações, porém não eram todos que poderíam escrever; abaixo deles estava os militares que eram responsáveis pela defesa do império e também em seus momentos de ócio ajudar na construção de grandes monumentos e canais de irrigação, em seguida estavam os artesãos e comerciantes, depois os camponeses e por fim os escravos. Essas classes sociais são as castas que eram passadas de gerações, ou seja, quando alguém era filho de um escriba, este seria escriba, quando era filho de artesão este seria um artesão e assim por diante.
Mênfis foi a primeira capital do Egito, declarada e erguida em 3100 a.C. onde o governante Menés unificou o Alto e Baixo Egito, o que também marcou a era dos faraós. Tebas viria a ser a capital política e espiritual por mais de 500 anos, a partir do que é chamada de 18º dinastia, sendo ela posterior a Mênfis. Foi lá que viveu Ramsés II, o maior de todos os faraós.
O Egito ainda está divido em três períodos, o Antigo Império de 3200 a 2100 a.C. onde foram construídas obras de irrigação e drenagem, e ainda as grandes pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Moquerinos nas proximidades de Mênfis.

Imagem: Hieróglifos - aumagic
O Médio Império de 2100 a 1580 a.C. os faraós reconquistaram o poder político fixando a capital em Tebas, onde conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Por volta de 1750 a.C. houve a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática, e que ficaram no Egito por cerca de 170 anos. Estes dominavam cavalos e lanças de metais.
No Novo Império de 1580 a 715 a.C. houve a expulsão dos hicsos pelos egípcios que aprenderam a utilizar os cavalos e metais, onde ainda ocorreram numerosas conquistas territoriais. Ao final do período com várias divisões o Estado enfraqueceu-se e foi conquistado por assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.).
Sobre essa fantástica civilização é importante ainda falar do valor que os egípcios davam não só para os vivos como também para seus mortos, mumificando seus corpos, construindo grandes obras para sepultá-los e até enterrando com seus tesouros. Esse povo além dos hieróglifos, detinham grande conhecimento astronômico, matemáticos e da medicina, que foram registrado em papirus (como se fossem folha de papel).

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